“MIGRAÇÕES”

A questão migratória, que perpassa toda história da humanidade, é um problema social e político de grande atualidade no mundo todo. Envolve aspectos legais, culturais, econômicos e afetivos. A amplitude e importância do tema sempre esteve presente em abordagens cinematográficas nas mais variadas linguagens e narrativas. A terceira edição do Cineclube Curta Cinema 2019 apresenta alguns registros documentais e ficcionais dentro de um recorte que abrange desde a integração de imigrantes africanos na Europa dos anos 50 até a atual e crescente onda migratória motivada por perseguições de ordem religiosa e sexual.  Após a sessão teremos um debate com o realizador carioca Leandro Corinto e convidados.

Curadoria: Festival Curta Cinema e Cinemaison

Leandro Corinto é cineasta e vive no Rio de Janeiro. Realizou mais de 100 spots de Tv para agências de publicidade dos mercados brasileiro e latino-americano. Já esteve no comando e criação de peças e campanhas para Tv e Web exibidas na Argentina, Colômbia e Venezuela. Em Tv, comandou três temporadas do "Socorro! Meu Filho Come Mal", o "Cozinha Colorida da Kapim" e o "Socorro! Meus Pais Comem Mal", exibidos pelo GNT. Também assinou a direção do "Na Hora do Intervalo", para o canal Multishow. Sua experiência no audiovisual conta com a expertise em vários gêneros e narrativas, como ficção, documentário e reality Tv. "A Visita", curta que escreveu e dirigiu, foi vencedor de 23 prêmios e exibido em vários países, como Portugal, Índia, Inglaterra, Peru e Tibet. "A Hora", outro curta dirigido por Corinto, recebeu prêmios de melhor curta, ator, trilha e roteiro em festivais nacionais e internacionais. Hoje, também dá treinamentos e workshops de storytelling.

Leandro: Nas minhas produções, busco dar protagonismo às minorias e grupos marginalizados. Retrato um mundo vivo que pouco se vê nas telas: a terceira idade, pobres, pretos e os LGBTQI+. Tenho um compromisso de fugir de estereótipos, da obviedade e de narrativas rasas. Acredito que o cinema é um ato político, e pode quebrar paradigmas sem soar panfletário. Em minha histórias o tento levar o expectador a calçar os sapatos dos protagonistas, a experimentar um pouco da dor que sentem e, assim se transformarem junto com os personagens.”

Duração do programa: 64 min. Dia 9 de juLho de 2019, às 19h. Entrada Franca. Cinemason - Av. Pres. Antonio Carlos, 58, Centro, Rio de Janeiro.

Programação de filmes:

ÁFRICA SOBRE O SENA

DIR: Mamadou Saar, Paulin Soumanou Vieyra . 21 min . França . 1955

A África na África, nas margens do Sena ou no ‘’Quartier Latin’’? Questionários agridoces de uma geração de artistas e estudantes em busca de sua civilização, sua cultura, seu futuro. Este filme, a primeira tentativa dos cineastas africanos, foi feito sob o patrocínio do Comitê de Cinema Etnográfico do Musée de l'Homme.

MÃE(S)

DIR: Maïmouna Doucouré . 20 min . França . 2015

Aida, oito anos de idade, mora em um apartamento nos subúrbios de Paris. Um dia, seu pai retorna de sua viagem ao Senegal, seu país de origem, acompanhado por uma jovem senegalesa, Rama, a quem ele apresenta como sua segunda esposa. A vida cotidiana de Aida e toda a família começa a ficar completamente perturbada. Aida, sensível ao desequilíbrio de sua mãe, decide se livrar da recém-chegada.

AÏSSA

DIR: Clément Tréhin-Laianne . 8 min . França . 2014

Aïssa é congolesa. Ela está em uma situação irregular na França. Ela diz que tem menos de dezoito anos, mas as autoridades acreditam que ela é maior de idade. Para determinar se ela será expulsa do país, um médico examinará sua anatomia.

Menção especial do júri no Cannes 2014.

O MUNDO É REDONDO PRA NINGUÉM SE ESCONDER NOS CANTOS - PARTE I: REFÚGIO

DIR: Leandro Goddinho . 10 min . Alemanha . 2017

Ele foi forçado a fugir da Nigeria para salvar sua vida e seu amor. Primeira parte da série sobre Diaspora LGBTQ+

O MUNDO É REDONDO PRA NINGUÉM SE ESCONDER NOS CANTOS - PARTE II: O BEIJO

DIR: Leandro Goddinho . 5 min . Alemanha . 2017

Performance explorando o romance e terror de um simples beijo. Um refugiado Africano visita o Memorial Gay do Holocaust, em Berlin.O filme faz um paralelo entre a perseguição nazista aoshomossexuais,com refugiados gays Africanos que fogem da pena de morte em seus países em busca de asilo na Alemanha. Segunda parte da série sobreDiaspora LGBTQ.